SUAVE BAFEJO

Há pessoas de existência tão discreta que quase não as percebemos. São como suave bafejo, uma brisa leve a deslizar por entre as coisas e a gente... E até na hora de partir é sem alarde, como que para não perturbar a ordem natural do mundo...

Essas reflexões as tive outro dia, no velório de uma velha conhecida. E elas se mostraram acertadas quando tomei de uma das alças do caixão, para levá-lo até o carro da funerária, e senti que pesava nada.

A velha senhora, ao longo dos seus oitenta e cinco anos, parece have-se transformado em pura espiritualidade.

José Luiz Barbosa de Oliveira
Enviado por José Luiz Barbosa de Oliveira em 23/12/2017
Reeditado em 12/06/2020
Código do texto: T6206807
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