SUAVE BAFEJO
Há pessoas de existência tão discreta que quase não as percebemos. São como suave bafejo, uma brisa leve a deslizar por entre as coisas e a gente... E até na hora de partir é sem alarde, como que para não perturbar a ordem natural do mundo...
Essas reflexões as tive outro dia, no velório de uma velha conhecida. E elas se mostraram acertadas quando tomei de uma das alças do caixão, para levá-lo até o carro da funerária, e senti que pesava nada.
A velha senhora, ao longo dos seus oitenta e cinco anos, parece have-se transformado em pura espiritualidade.