VAQUEIRO VALENTE
VAQUEIRO VALENTE
Fui vaqueiro valente e apaixonado
Aboiando de verdade...
Longos gritos nas quebradas...
Eu conduzia minha boiada.
Juntando o gado disperso...
O vaqueiro fazia sucesso.
Chapéu de couro, gibão, perneira.
No seu cavalo montado...
O vaqueiro tangia o gado.
Livrando-se dos espinhos de jurema...
O vaqueiro faz o poema de timbre descente.
Vaqueiro meu grande amigo
Cabra bom cabra da peste,
Viraste a cultura do Nordeste.
Cantam a vida espinhosa.
E de perigo em perigo
Jamais será pustema
Terás vida gloriosa.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES