SOB O SIGNO DE GÊMEOS.

No dia sete de um mês junino, decidiu o Zodíaco que eu seria geminiana. E sob o Signo de Gêmeos cheguei a esse mundo. Mal sabia eu o que viria a ser, levar a vida sob o Signo de Gêmeos...

A começar pelo mês, junho, no meu caso. Nem verão, nem inverno; nem quente, nem frio, apenas, “Junino”. Um mês de transição entre o verão e o inverno. Um outono “Austral”. Tudo bem, junho tem lá, suas peculiaridades. É um mês festivo, não podemos negar. Temos quadrilha, gostosuras, fogueiras, etc. Sim, já ia me esquecendo, junho tem o dia dos namorados...pena...nem todos os geminianos possuem namorados(as).

Se nascida pouco antes, no mês de maio, por exemplo, talvez fosse “taurina”, um signo da terra, forte e determinado. Ou, poderia também, ter nascido em muitos outros meses e ser, quem sabe, de áries, signo de fogo, energia. Leão! Apesar de nobres, arrogantes e vaidosos, leoninos são também, generosos. Ahh, os piscianos...místicos, fantasiosos, emotivos.

Mas nasci geminiana.

Nascer sob o signo de gêmeos, não significa ter um irmão gêmeo, tampouco, nascer já sabendo onde estará sua alma gêmea...Não. São coisas distintas. Bem diferentes. Nascer sob esse signo, é lidar com a bipolaridade mesmo não sendo bipolar. É nunca viver um dia igual ao outro. É viajar sem tirar os pés do lugar.

Ah, você signo aéreo...tantas vezes priva-me do ar. Prende-me a respiração e rouba-me o poder de decisão. Quando engato a primeira, você quer a ré. Quando sou mar, você é lago, se sou lua, você é sol. Não à toa chamam-no “Dupla Face”. Se hoje decide, amanhã, tudo desfaz. Ontem, doce, hoje, fel. Quando sou loucura, me quer santa. Quando santa, me quer do avesso.

Meu complicado signo de gêmeos, apesar das divergências, devo admitir que temos, pelo menos, uma coisa em comum; que é essa vontade incontrolável de alçar voo, de liberdade, sem correntes, sem amarras e sem rede de proteção.

Elenice Bastos.