Natal verdadeiro

É natal e as ruas se enfeitaram de luzes e as mentes dizem se vestirem de amores ao próximo. Pena que o ser humano nunca se despe todo da mentira. Pessoas desejam felicidades, mecanicamente, ato de um dia, formalidade apenas. Os outros 364 dias do ano, nada dizem, nada afagam, tudo invejam, tudo denigrem.

Amigo oculto, brincadeira e confraternizações. Ocultos já é o ano todo.

Presépios denotam a beleza e a simplicidade do nascimento de Jesus.

Músicas e orações entoam noite feliz. Feliz quem tem lar, comida e saúde. Triste quem não tem nada disso.

A mídia mostra as controvérsias sociais, as tragédias e ganham audiência. O poder se detém em brincar de formular Leis e executar planos de enriquecerem cada vez mais, de forma ilícita.

O povo sofrido fica fora das ceias natalinas.

Dizem que é a crise. Crise sim, mas de amor e caridade.

Presentes são embrulhados pela esperança, mas são dados somente aos que tem poder aquisitivo de compra.

O natal é comércio. Começa no dia 01 de novembro, onde a televisão engana a mente das crianças, falando de Papai Noel. Ele existe, mas só no peito do pai e da mãe, que tem seus filhos e ficam loucos de vontades que eles tenham conforto, como todos; que tenham futuro como todos; mas infelizmente as renas e trenós não existem.

Para tirar uma foto com um homem fantasiado de velhinho num shopping, cobra-se caro. Para vender mais produtos às lojas usam de palavras afetuosas, abusam das ilusões.

Uma criança descalça e suja na rua, é barrada na porta de tais lojas.

É natal! Deveria ser todos os dias, mas com o amor de Jesus em todos. E não com essa fantasia de data comemorativa, incitando beleza falsa. A humanidade preenchida de desigualdade continua durante a noite natalina mesmo. Para quê abraços sem calor, desejos sem verdade?

A ganância e egoísmo andam de mãos dadas. A simplicidade apenas olha esse desfile mórbido. Uma estrela brilha rumo ao oriente. Faça-se um pedido de amor ao próximo, mas verdadeiro.

Por quem os sinos dobram? Somente por Jesus e pelas pessoas abandonadas e excluídas da crítica e da magia do natal.

Takinho
Enviado por Takinho em 19/12/2017
Reeditado em 26/12/2018
Código do texto: T6202901
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