SOLO DE VIOLINO

Quando eu morrer, não quero choro, não quero velas (nem mesmo uma fita amarela), não quero a breguice das coroas de flores; dispenso duvidosos discursos... Nada de rezas e orações. E, sobretudo, poupem minha alma da insuportável tortura de um terço! Me bastará um solo de violino, com um par de dançarinas clássicas, em brevíssima apresentação. Sobre o esquife, não me fará mal a deposição de uma rosa vermelha, solitária.

José Luiz Barbosa de Oliveira
Enviado por José Luiz Barbosa de Oliveira em 17/12/2017
Reeditado em 15/12/2019
Código do texto: T6200916
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