Texto e Pretensão

Meus textos não têm endereço certo, são fruto de relampejos, ideias que me ocorrem entre uma tarefa e outra. Pensamentos que às vezes me alimentam e, por outras, são meu tormento. Não têm pretenção de alcançar a perfeição, não estão pronto. Sempre inacabados, podem ser modificados e corrigidos a todo instante. Ideias que antes pareciam fazer sentido, com o tempo podem ser abolidas dando espaço a novas reflexões.

Meus textos refletem um momento em que só em meus pensamentos, ponho-me a escrever de forma desordenada e desorganizada. Esvaziada a mente, debruço-me sobre anda texto e me ponho a ordená-lo e organizá-lo, até que passe a fazer algum sentido. Pronto, em um primeiro momento quero-o somente para mim, mas, ao fim, tenho a ambígua é contraditória vontade de compartilhá-lo.

Se cada texto puder ser lido por pelo menos uma pessoa, isso para mim basta, pois estarei me comunicando com alguém que, de uma forma ou de outra, identificando ou não como o que escrevo, terá uma parcela de sua vida, ainda que ínfima, modificada, que seja por alguns instantes.

Se esse cada um tiver compreensão do que quero transmitir, a ponto de ser capaz de partilhar com outras pessoas, terei alcançado um objetivo maior, pois, timidamente, está é a forma que encontrei de expressar meus sentimentos e de me comunicar com mais pessoas.