Uma metafísica imemorial

O que e a solidão digo, Bachelard responde que tudo é dialética do ser que sai de uma concha. Mas penso comigo, a pérola é uma ferida, e o que é preferível a ferida ou a pérola? Penso aqui em uma gênese, uma ontologia, uma metafísica, mas escapo quando ouço os sons da minha memória. Eles me embalam, e meu colar de pérolas que ganhei da minha avó postiça na infância se esparrama, pérolas em mãos infantes não são pérolas, feridas sim são feridas, são mais importantes que as pérolas, elas, doem além do espaço tempo das estações , no imemorial do infinito presente da transmutação...