Pensamento solto sobre o amor

Às vezes, a gente pensa mesmo que vai dar certo.

Nós projetamos naquela pessoa o "amor da nossa vida". E não é que seja uma mentira.

Às vezes, realmente gostamos de uma forma como nunca gostamos de outro alguém.

Mas por que não dá certo?

Por que acaba?

Acredito que somos inseguros demais.

Não é mais o medo de perder que nos motiva o ciúme ou o zelo, nós fomos adestrados na cultura do inimigo.

A cultura do "homem não presta", "mulher não vale nada", na cultura do "é tudo igual".

E no fundo, não existe coisa igual. Não tem nada a ver a ponta com a raiz do cabelo.

A mais elementar das verdades é que tudo se transforma.

Não darmos certo com alguém não está ligado a uma incapacidade de amar, mas sim a um vicio em prazeres que nos empurram guela abaixo.

Somos bombardeados por instigadores de desejo. Nada é suficiente, nós sempre precisamos de mais. É uma cultura de posse.

Sempre precisamos de uma peça de roupa nova, mesmo quando o guarda roupas possui mil peças ainda etiquetadas. Precisamos comer isso, fazer aquilo, ter aquele outro e nunca nada é suficiente para que estejamos satisfeitos.

Nós temos que tansbordar!

Essa é a condição que nos educam e isso inconscientemente faz com que não encontremos a "completude" na relação e sempre desconfiamos do outro porque aprendemos que a oportunidade faz o ladrão.

E apesar de toda bagagem intelectual que juntamos pela vida nós não sabemos nada sobre o amor.

Acostumamos tanto a comprar frutas em embalagens que esquecemos que as coisas levam tempo para crescer, e assim como qualquer outra coisa que nos nutri, o amor precisa estar maduro para ter um doce néctar.

Precisamos aprender a cultivar esse sentimento, ele precisa de atenção e também de espaço para crescer, se existir restrições demais no amor, que deveria ser lindo, ele não será maior que um bonsai.