• SENTIMENTO PROFANO ²

Sinta, sussurro baixinho em meu ouvido, essa noite sou seu. Por essa noite sou inteira e completamente seu, de corpo, coração e alma. Sou sentimentos e emoções, serei para você, o desejo e a vontade que seu corpo anseia por sentir e viver. Sinta, essa noite, por essa noite, será uma noite única, aquela para que possa ser lembrada com sorriso, e farei como nenhum outro fará, será uma noite indecente, porque de seu corpo irei tomar posse, irei apossar de você como nenhum outro fará, irei possuir você como ousa sonhar e desejar.

Sinta, essa noite, não há nenhuma distância que separe de você, não há a ilusão, existe esse desejo latente, de que seja como você quer e deseja. Farei o que quiser, e fará o que eu desejar. Não irei saciar apenas seu desejo, sua vontade, quero satisfazer e saciar mais do que essa fome da carne, que úmida lateja, quando sente minha presença mais próxima, saindo de seus sonhos, para surgir diante de seus olhos. Irei saciar, esse desejo de sua alma de mulher, satisfazer ao possuir seu corpo, ao apoderar de seu corpo, como sempre fosse de minha posse. Conduzir você, e fazer com que sinta, que essa noite, não haverá surpresa, não haverá desencontro, e ao acordar, ao despertar irá sentir minha presença em sua essência, porque irá revelar para mim, o que há de mais raro e inestimável em sua natureza de mulher.

Sim, serei seu, assim como será minha, deita sobre mim, e sinta esse indecente desejo aflorar por sua pele, e sente nosso querer unir na sincronia, entre ser rendido e render. Sinta, descubra as sensações e emoções que pode haver sonhado e desejado sentir junto de mim, sussurra em meu ouvido, nessa entrega cúmplice, dessa intimidade úmida e voraz.

Embriague, indecente, no desejo latente de sentir minha pele em seu corpo, que essa noite, o que sorverá ser o desejo de meus lábios, a vontade ousada de sentir sua pele nua abraçar meu corpo latejante. Sinta essa noite, quero mais do que possuir seu corpo, quero sair de seus olhos, e saltar diante de seus olhos, como fosse uma silhueta surgida dentro de espelho, onde sua nudez é revelada, onde seu desejo e vontade são despertados e provocados.

Sorva, em delírio, derramando em mim, em lascívia sincronia, presa em meus braços, sendo minha como faz ser seu desejo e vontade. Sinta ser prisioneira, e confesse seus desejos e vontades, despida de seus medos, renda redimida ao que sussurro em seu ouvido, ao que pode ver contido em meus olhos. Não irei conduzir você ao paraíso, porque quero queimar sua carne em pecados, redimir sua alma dos desejos libidinosos, fazer confessar que esse desejo e vontade que atrai, conduz seu corpo junto de mim. Quero enlouquecer na sua saliva, e deixar que fantasia seja realizada, ouvindo seus murmúrios e sussurros, recoberto por sua pele nua, fazendo mais do que seu corpo eriçar, mas sua alma sorrir e arrepiar indecentemente.

E quando nossa noite, chegar ao fim, ainda sentirá na carne, na alma e coração, o que sussurro em seu ouvido, quando geme comigo, irá sentir que na pele eriçada, o que ouve distante, quando acorda nua, e desperta úmida, por lembrar de que em seus sonhos, possuo seu corpo, e confessa em meu ouvido, o que quer que faça, que aposse de seus desejos e vontades, tornando seu corpo meu refúgio e abrigo. Sinta, por essa noite serei seu, sem segredos, sem surpresas, sem que possa temer, tomarei posse de seu corpo, como pudesse pertencer a mim para sempre.

• Damien Lockheart