O Matuto e o Poeta

Prosa Poética O matuto e o Moço

Seu moço... Queria muito intende e sabê.

O que, u tar pueta, cunversa quas estrelas...!

Eu acho que os puetas é uns homi, mei piner, da cabeça.

O sinho num acha, us pueta, malucado tumbém...?

Oh meu amigo...! Senhor dos campos e das roças...!

Cabeça de poeta é como, um lenço branco.

Você olha, olha os dois lados, e nada vê.

Mas o poeta, esse sim...! Enxerga, além do alvor.

E nele, cantarola emoções e, versos de amor.

Os poetas, os poetas, não são amalucados não...!

Eles não conversam, com a lua, nem com as estrelas.

São as estrelas e a lua, que conversam com eles.

Iiiiiiiiiii seu moço, agora bufei di veis, num tendi nada.

Acho qui inté o sinhô, tá batendo as biela.

Só fartava essa, a lua e as estrela fala.

Parece qui inté o seu moço, tumbém é pueta...!

Meu bom amigo, matuto, que vive na roça,

Mora numa choça, ao lado de bela cabrocha.

Nesse imenso e fecundo sertão.

Não queira nunca, entender os poetas.

Eles são seres fantásticos, habitam aqui e ali.

Vivendo num mundo...

Mundo de ilusão.

_Adilson Tinoco_

AdilsonTinoco
Enviado por AdilsonTinoco em 17/11/2017
Código do texto: T6174651
Classificação de conteúdo: seguro