Mulher mais linda!
Levantou-se da cama, a cerração desnuda em branco;
e de tanta nudez ofuscou o horizonte.
A manhã tange sons em silêncio, nas flores que dormem no jardim;
e o orvalho reluta em não escorrer pelas pétalas.
Caminha de pés descalços e de vestido, a mulher mais linda,
pisando o chão do quarto e sulcando sonhos de felicidade.
Acordou serena e com sorriso lavou o rosto na fonte da paz,
apenas com toques de brisa pela janela.
Encanto e ternura habitam essências no ser.
Tão sublime o olhar dela que namora o próprio sorriso!
Tão linda a pele que conta segredos aos poros
e transpira emoções e amor!
A cidade é um convite à rotina;
o espelho diz isso à beleza que se mostra nele.
Cabelos soltos, poesias na áurea, luz na leveza dos gestos.
Lá se vai o tempo de mãos dadas com a vida;
sem acenos caminha pelas avenidas, pelos ares.
Mulher mais linda se perfuma de si mesma
e vai bailar canções na porta da casa.
Visão soberana dela tem o sol,
ousando rasgar o véu de neblina aos poucos.
Sensualidade destila vinhos, no brinde que faz o corpo e alma,
no mesmo cálice de beleza e néctar.
Eu do horizonte sorrindo, escorro em poema,
levemente, indo pousar nos pés dela.