Algo acontece



Passam pelo canal
Descem Como rios
Chegando a margem do pulso
Espalha se Com ar condensado
Na lateral das paredes
De luz acesa
Movimenta essa corrente
Onde o poste e fios dessa rua
Conversam entre si
Observo os passos
Da vitalidade correndo
No meu espaço....

Sem ser frio
Sem ser febril

Pontinha fina
Chegam no pulso
Pulsando....Arrepios
Arredios

Subindo ladeiras
Dos dedos ao pé
Da minha cordilheira
Montanha de gelo
Amenizando o inferno
Do Paraíso
assobia
Cantarola o dia
Nina essa noite
De paz...Dispensando
Agonia...Aquece outra vez...