Versos Soturnos
Você é àquilo que promete,
ou é só um farrapo no meio dos corvos,
lúcido turbinado pela paranoia de não ser o que não é o seu eu comercial
com gêneros psicóticos de amores platônicos,
o indefeso que apanha sorrindo porque se perde nas ideias entusiastas,
atropelado sempre pelo o que seus pensamentos pretendem de você.
Pessimismo rebaixado,
não há tempo para facetas de gestos caridosos obsoletos e primitivos aqui, (guarda-se 'aqui ') sob a porta de mi'alma ao caçar palavras no futuro para virar presente no passado.
Entenderás quando os corvos tombarem meu dorso sob a poeira e a senhora negra melancólica tirar seu véu para me acolher nas suas entranhas, e eu, jubiloso me acomodo em sua extrema caridade tristonha para finalizar a frase da minha vida, na sombra da minha morte