A dor de uma saudade
        A casa está quieta. O recanto de cor branca da sala de repente escureceu. Não há mais afobações nem fisionomias angustiadas. Ali só estou eu e minha saudade. Os outros não percebem a escuridão porque  os meus olhos me fazem ver assim. É o meu ser que ali está a sofrer uma ausência tão doída que me escurece o olhar como se não quisesse aceitar a realidade. A realidae de não vê-la nunca mais, de não mais senti-la em casa farreando, brincando comigo e com a vida. Fixo meu olhar no sacrário que está à minha frente. Desce dos meus olhos, entristecidos pelo disssabor, uma lágrima que lentamente corre pelo meu rosto. Sinto a sua presença. E tento me acostumar com sua ausência. Fisicamente ali ela não está, mas no âmago do meu ser ela existe: lúcida, alegre e feliz, espalhando felicidade para os que com ela conviveram. Não há limites para a libertação, mesmo que tenha alcançado em viagem longa uma terra desconhecida. Não sei se  na terra desconhecida há flores, barulho do mar, canto de pássaros. É muito misteriosa. Mas daqui do outro lado, eu sinto que não há de existir conflitos nem desamores.. Existe você  e meu amor que transcendeu a esta Terra misteriosa e desconhecida.

 
Vilma Tavares
Enviado por Vilma Tavares em 13/11/2017
Reeditado em 17/11/2017
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