Prosa ao Ex-Amado

A escrita me consola, é tão profunda a tua solidão na minha, no quarto, em nossos quartos, a sós, sentados na escrivaninha.

E a memória insiste em não esquecer, mas lembrar que poderíamos molhar alguns lenços, em lágrimas de reconciliação, e derramar o cálice amargo, aceitando o perdão.

A vida tem sido cruel com nós dois. A vida nos implora um novo álbum de retratos das nossas almas sem liberdade. Observe os sinais, observe os sinais, os sinais do universo. Estou respondendo a esses sinais, escrevendo a ti inutilmente... pela milésima vez, inutilmente.

Ricardo Neto de Oliveira Mota
Enviado por Ricardo Neto de Oliveira Mota em 07/11/2017
Reeditado em 07/11/2017
Código do texto: T6165375
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