LEOPARDO PREDADOR

Tu, leopardo, predador, que há muito tempo nascera sobre a relva e na imensidão da selva peregrinava, com aventuras inimagináveis. Diga-me: quais dentre as gazelas resistiria as tuas garras?

Em teus dias de força, veloz e ágil, vigiava à caça calculando seus passos e a abatia à espreita. Saciava-se com prazer na carne fresca. Durante o sol caminhava solitário, exceto nos momentos de acasalo, quando as fêmeas acossavas e com elas se envolvia em um desejo selvagem. Diga-me, leopardo viajante, em qual terra avistastes os teus encantos?

Feroz, hábil predador, em que nem os anos sobrepujaram o vigor. À noite ainda surpreende a presa, sobre a qual saboreia e se deleita. Sabe elevar para o alto seus troféus para impedir que outras feras as arrebate, pois, com os dias adquiriu sabedoria para desfrutar o despojo com folga. Diga-me, guerreiro incansável, onde vislumbra teu mais novo alvo?

Manso, deita-se sobre a sombra o inofensivo valente, repousa saciado! Mas, não o subestime, em um momento ele aponta para ti o olhar e faz de você o enlace. Entre em seu território e ele notara à mil léguas tuas pegadas. Se fores fêmea, se sentirá cercada. Diga-me, experiente caçador, pretendes capturar o meu amor?!