DELÍRIOS DE SAUDADE
Toda a graça se foi com seu sorrir
As estações contam o tempo da sua partida
Bem-te-vi, sem te ver perdeu o canto
A flor sem luz chora lágrimas de chuva
Calado no fado esta meu coração tristonho
Bate no peito a saudade, enganando a solidão
Lábios secos esperam a ânsia de seus beijos
Espero-te como a relva do monte espera o orvalho
Vem, surge como o sol que se refugiou nas montanhas
Dá-me a esperança, o entardecer como prenuncio
... do dia seguinte ou me solta e diz que não volta
Torna-me autista para esquecer do agora e do ontem.