CALMARIA
(Pr/Poét/46)
Senti, por um momento, a vida fugir; deixei meu espírito viajar e, na tarde de sol, junto a areia me deitei e em mais nada pensei. Assim, só podia sentir a brisa, ouvir o mar e o céu fitar. Não saberia dizer se eu vi e se fitei o céu, porém, me embebi de mim, de tudo esqueci. Por quê, não saberei explicar. Uma dor sem lágrimas pude experimentar, em um outro momento, diante do realizado vi o sonho dormindo pesado. Só eu e o mar. Embriagada de sensações, belas, vividas, da memória brotou saudade. Passado vivo... sem passado o momento agora, e com saudade do que não vivi e/ou deixei de viver senti alguma coisa preceder triste e sem poder definir. Seria solidão?
(Pr/Poét/46)
Senti, por um momento, a vida fugir; deixei meu espírito viajar e, na tarde de sol, junto a areia me deitei e em mais nada pensei. Assim, só podia sentir a brisa, ouvir o mar e o céu fitar. Não saberia dizer se eu vi e se fitei o céu, porém, me embebi de mim, de tudo esqueci. Por quê, não saberei explicar. Uma dor sem lágrimas pude experimentar, em um outro momento, diante do realizado vi o sonho dormindo pesado. Só eu e o mar. Embriagada de sensações, belas, vividas, da memória brotou saudade. Passado vivo... sem passado o momento agora, e com saudade do que não vivi e/ou deixei de viver senti alguma coisa preceder triste e sem poder definir. Seria solidão?