Cipós do tempo
Parado na estrada, vendo o tempo passar invisível, mas percorrendo brisas por matos.A distância dos horizontes parecem ampulhetas contando dias e noites no mesmo lugar.
Quanta saudade se despeja nas visões contemplativas
em momentos de silêncio!
Sentimento, tão vasto tem os seres; aspirações e vontades;
desejos incontidos, realizados ou não.A vida brinca de amarelinha;
pulando de galho em galho, segura nos cipós do tempo.
Canções brindam poesias; e bailam pôr de sóis;
e luares se abraçam apaixonados.
A humanidade trafega em emoções;
e emoções navegam mares humanos;
Há o bater de ondas nos rochedos do peito.
Continentes se povoam na mente. O tempo corre por todos os lugares.
Colheitas de felicidade são feitas com balaios de solidão e sofrimento.
Não há mal que dure para sempre,
assim como não existe felicidade constante.
A estrada leva a lugares por caminhadas;
o pensamento conduz viagem por detrás de obstáculos.
Há formas na imaginação, como formas em todo concreto natural.
Basta ousar um sorriso, rolar uma lágrima, deixar-se ser verdadeiro, que a vida ensina a pular amarelinha;
Pular de galho em galho, segura nos cipós do tempo.