SÍNCOPE
Sintomas prodómicos pressagiavam
Patético estado ao qual chegara
Glândulas sodoríparas a vapor
Palidez conferia-me ares cadavéricos
Turva visão o contraste limitava
Sinto meu sanguíneo fluxo diferir
Artérias funcionalidade renegam
Consciência perco e a vertical
Paisagem nada receptiva conheço
Inchaços e escoriações adicionados
Na excêntrica coleção de flagelos
Pois o elo que unia-me a você
Foi quebrado e nele estabilidade
Que mantinha-me ao chão também
Eventual síncope recusa o êxodo
Postergada enquanto te ausentares
Procrastinação sim debilitar-me-á
Ceifará alma que não mais habita
A bráctea notadamente inutilizada
Pelo amor arrancado da superfície
Jonnata Henrique 24/10/17