Parecem reais
Há significativas diferenças entre sonhos e delírios, eu sei. Pra quem vive um cotidiano de dias estressantes, de noites tão pensantes, a distinção é muito sutil, quase imperceptível.
Sozinhos, recolhidos aos ninhos, as margens do caminho, longe dos desenganos, pausamos os planos. Conversamos com o Soberano. Saindo do humano e ingressando no Divino.
De olhos fechados, vem a saudade antes do sono.
São tantos fragmentos de carinho, sempre lembrados, pelo coração, ao indefeso travesseiro. E, eu alí no meio. Ainda inteiro.
Resurge o calor, a nos lembrar o valor do despetalar da paixão. É o mais puro fervor.
Espírito além do saber, ultrapassa o querer. Vai muito além do que esperava ir.
Batimento acelerado; corpo saciado; extasiado; bem amado!
Entre o sonhar e o dormir. Supõe-se não querer despertar.
Mas o novo clarear, vem, cedinho, nos relembrar que não se tem o poder.
Foi, somente, uma feliz exceção, fruto da imaginação que nos ajuda a viver.