Reprise das reprises
Há um mundo inteiro diante de mim me chamando
Chegou o momento de abrir mão do isolamento e ir
Conhecer pessoas humanas e apagar fantasmas tolos
Cansei de fantasmas que brincam e dos que assustam
Nada de bom veio deles para mim, nem uma só vez
Mesmo tentando isolar-me, abri algumas portas para erros
Todas as vezes que abri uma via de acesso, fui ferida e doeu
Aqui dá não; usa-se mentiras juradas como verdades sagradas
Há uma habilidade perigosa com as palavras escolhidas e usadas
Um adjetivo usado para levar ao engano várias pessoas ingênuas
Cada uma pensa ser ela diante da qualidade genérica usada
A minha parte naquilo que engana, já desvendei há tempos
Não entendo a necessidade mórbida de causar maldades vãs
Compreendo que é preciso estar cega, surda e frágil para crer
Já passei da fase do acreditar naquilo que sei que não existe
Por outros lugares vão meus passos, meu cansaço e descanso
Só não desisti definitivamente ainda por falta de opção mesmo
Qualquer dia, haverá outros lugares e então poderei ir finalmente
Por ora ficarei, mas para tal local há agora uma porta de aço
Construí um muro que não será atravessado por algum fantasma
Ser invadida pelo mau gosto é chato, cansativo e ficou óbvio
Nada mais consegue deixar de ser previsível no primeiro ato
Por mais interessante que um filme seja, vê-lo sem parar, cansa!