“O, SER CAIPIRA”
Ser caipira é falar com sotaque a língua sertaneja do seu estado, é gostar de músicas que lembram os sons do mato, é ser autêntico e simples na sua maneira de se conduzir com honestidade vivendo o seu dia a dia sem desejar muito mais do que precisa para sobreviver, é ouvir mais do que falar, é tentar resolver os problemas do cotidiano com ideias simples, é amar na mesma intensidade que é amado, é ficar triste se perde um amigo, ou alguém da família, mas aceitar e continuar a viver acreditando que existe um Deus que um dia solucionará todos os problemas do mundo e fará à igualdade entre os homens, é gostar do mato, dos rios, enfim é amar a natureza se considerando parte dela. Ser caipira não é ser tolo e sim se contentar em não saber demais, para não esquentar a cabeça, enfim, ser caipira é gostar da vida e vivê-la como a recebeu sem a complicar. Eu quero ser caipira, mas nunca serei autêntico, pois, eu fui batizado.
“O SUSTO NO POCOTÓ”
Reedição
Eu não queria montar no bicho
Mas a turma foi botando fogo,
Como era apenas brincadeira
Decidi de vez a entrar no jogo.
A moça segurava o cabresto,
Enquanto me sentava na sela,
Senti-me bastante imponente
Mesmo doendo à espinhela.
Comecei a gostar do folguedo
E do trote do pocotó já ligeiro,
Toquei o cavalo mais depressa
Já me julgando um vaqueiro.
Saí da trilha e entrei pelo pasto
Incitando o bichão a galope,
Ouvi a turma toda me gritando
Pensei, já estou dando ibope.
Avistei a vinte e cinco metros,
A vala e penso que por erosão,
Esqueci que o freio era a rédea
Comecei a gritar com o bichão.
Em vez de parar ele acelerou,
Enquanto eu gritava meus ais,
Acho que o cavalo entendia
Que era para ele correr mais.
Eu gritava, pare bicho pocotó,
Mas quem disse que ele parou?
Na velocidade que ele vinha,
Por cima da valeta ele pulou.
Eu senti que estava era voando
Pensei, é agora que vou morrer,
Mas ele pousou do outro lado,
E o danado continuou a correr.
Um vaqueiro que estava no pasto,
Gritou alto e eu entendi o buchicho,
Puxei a rédea forte para ele parar.
Até entortei o pescoço do bicho.
Aí ele parou, mas freou de uma vez,
Eu voei de novo num salto nefasto,
Passei por cima da cabeça do bruto
E me arrebentei no meio do pasto.
Esta rindo? É por que não foi você.
Ainda tomei uma baita reprimenda...
Uma semana e ainda está doendo,
Nunca mais vou pra hotel fazenda.
Trovador.
Reedição
Eu não queria montar no bicho
Mas a turma foi botando fogo,
Como era apenas brincadeira
Decidi de vez a entrar no jogo.
A moça segurava o cabresto,
Enquanto me sentava na sela,
Senti-me bastante imponente
Mesmo doendo à espinhela.
Comecei a gostar do folguedo
E do trote do pocotó já ligeiro,
Toquei o cavalo mais depressa
Já me julgando um vaqueiro.
Saí da trilha e entrei pelo pasto
Incitando o bichão a galope,
Ouvi a turma toda me gritando
Pensei, já estou dando ibope.
Avistei a vinte e cinco metros,
A vala e penso que por erosão,
Esqueci que o freio era a rédea
Comecei a gritar com o bichão.
Em vez de parar ele acelerou,
Enquanto eu gritava meus ais,
Acho que o cavalo entendia
Que era para ele correr mais.
Eu gritava, pare bicho pocotó,
Mas quem disse que ele parou?
Na velocidade que ele vinha,
Por cima da valeta ele pulou.
Eu senti que estava era voando
Pensei, é agora que vou morrer,
Mas ele pousou do outro lado,
E o danado continuou a correr.
Um vaqueiro que estava no pasto,
Gritou alto e eu entendi o buchicho,
Puxei a rédea forte para ele parar.
Até entortei o pescoço do bicho.
Aí ele parou, mas freou de uma vez,
Eu voei de novo num salto nefasto,
Passei por cima da cabeça do bruto
E me arrebentei no meio do pasto.
Esta rindo? É por que não foi você.
Ainda tomei uma baita reprimenda...
Uma semana e ainda está doendo,
Nunca mais vou pra hotel fazenda.
Trovador.