EM QUE PESE
EM QUE PESE
Pingo de ouro, que reluz sem choro, por um tempo vindouro
Oh liberdade tão clara
Sob a força das estacas que sustentam este piso no qual deslizo os meus pés
Pingos d'água com leveza se espalham sobre telhas de varandas, sob nuvens que comandam
Tal qual seja comandado meu destino imprevisto
No segredo de um tempo novo que virá
Sendo ele estendido...
Ou quiçá tempo sucinto?
Em que pese, minha vida, vivendo o tempo perdido
Oh audácia tão sincera da atitude indiscreta
Na vontade sem reservas de viver pra conhecer
Não há nada mais sublime que voltar a aprender
Enveredo meu caminho pela estrada estreita e densa
Onde na realidade nenhum deslize mais compensa
Nada faz com que me esqueça de seus espinhos e pedras
Obstáculos que desafiam qualquer ser em linha reta
No sequente minuto em que à sua voz me curvo
Lembro do vento que soprava forte e do medo que eu sentia
Cada vez que me distanciava da sua doce companhia