Desapaixonar-se
Batimentos cardíacos que chegam a 150 bpm. Liberação em todo o corpo da substância endorfina, dentre outras. Mãos suam, pupilas dilatam. Eis que o amor chega!
Infelizmente há amores que nos fazem mal. Amores que "matam", que "sufocam" e que traem. Amores que nos mudam. E agora? Como posso eu me desapaixonar de alguém que nessa contradição de amar me fez tão mal?!
Para tanto é necessário que se desapaixone:
Desapaixone dos abraços que nos fizeram tão seguros.
Desapaixone dos beijos que se encaixaram tão bem.
Desapaixone das promessas que nos fizeram acreditar em dias melhores.
Desapaixone dos olhares que nos fizeram enxergar o além, o transcendente.
É necessário desapaixonar-se do corpo, que como em um quebra-cabeça, foi capaz de encaixar-se perfeitamente na hora do prazer.
E no final de tudo, a certeza que teremos é que conseguiremos sobreviver. E quem sabe o "remédio" para desapaixonar-se seja exatamente apaixonar-se mais uma vez.