Janelas abertas
Pouso suave de sorriso desenhado pela felicidade.
Emoldurado nas janelas, brilho de sol que toca os lábios.
Há tantas canções que se pendem de lábios entreabertos.
Há tantos momentos desenhados nas visões.
Olhares que se cruzam nas ruas sem direções exatas.
E desce luar e estrelas nas tuas retinas.
Descortina-se a noite bem de manhã, com brisa suave.
Vai tocar-te canção mais linda na beira da cama.
Janelas abertas e perfumes suaves nos beirais.
A vida segue seu tempo que corre,
as horas vagam no sono que dorme.
E você acorda e espreguiça-se diante da janela.
A rua tem cheiro de névoa suave, misturada à rotina diária.
Há quem dorme no relento, e acorda no vento.
Há quem debruça na distância, para espiar a janela de seu quarto.
Somente para ver-te encantadoramente,
dizendo bom dia num bocejar de anjo,
tocando cabelos levemente e com pés descalços.