IRMÃOS DE OFÍCIO

O Absoluto, em sua imensa bondade e lucidez, guia e orienta a criança, o cego, o deserdado de amor, o alcoolista e o drogado, o excluído social e o louco de todo o gênero, que carece de amparo e muita paciência para com a sua dolorosa saga. Também frutifica o bêbado de emoções, e, enfim, àqueles desejosos de um mundo grávido de oportunidades paritárias e de justiça social. Esse que o bardo humanoide idealista tenta agregar e congeminar: o embasbacado arauto da possível boa nova num novo tempo de unidade e paz. Afinal, esta é uma proposta assentada no humano ser, enquanto esperança de ser feita, em verdade, à semelhança da Sua profícua consciência de facho luminoso para o ruidoso itinerário de nossos silêncios.

– Do livro inédito A VERTENTE INSENSATA, 2017.

https://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/6134349