Ainda me lembro...
Partiste numa manhã orvalhada.
Atravessaste uma aleia de palmeiras iluminada pelos raios solares.
Deixaste teu corpo numa sepultura circundada de flores. Os pássaros em silêncio deixaram tuas matas para o último adeus. Quanta pureza teu cortejo!
Lembrei-me daquela trilha, que me banhava os pés de orvalho e me levava a tua casinha branca no meio da mata cheirosa. Ali tinha um céu de borboletas e pássaros com uma visão mística.
Hoje, quando o sol nascia no leste atrás do planalto, apontei o indicador numa linha imaginária, vi sua casinha e senti o aroma da mata.
Ah, Mulata Alzira, amiga querida que saudade do teu colo.
A vida continua. Até qualquer dia!
Magda Crovador