Intimidade XXIII

Naquele mundo, vivido há mais de dez mil anos, na Índia, simbolizavam Deus como "O Menor que o menor, O Maior que o maior", residindo nisto, dentre outras qualidades, a capacidade indestrutível de aceitação daquele povo.

Encontramos dimensão, altura ou profundidade nesta máxima? Será que a física quântica deste agora chafurdará o Vácuo Quântico e encontrará o Menor que o menor, O Maior que o Maior? Deus está neste contexto.

Jesus Cristo, o Mestre dos mestres, no início do ciclo atual de mundo, disse que o Amor é o fim da Lei, que amar Deus sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos é o caminho.

Aprendiz de ser humano, é o nome que me dou. À medida que encaixo mais e mais neste estado, tomada da condição toda penetrante, amor divino que ebole pelas tampas do juízo, ficam nitidas as artimanhas que ofereço a mim nos dias, como arapuca ao pássaro, caio nelas sempre, tendo como paga a ressaca, o enjoo na alma pelos excessos do uso das emoções.

Estar no estado amoroso de tempo em tempo, permite o vôo, a visão panorâmica das ações praticadas, dos resultados, e a conexão entre eles.

Me coloco ao lado do fiel da balança, a aceitação como atitude implicita e necessária ao recebimento pela mente dos resultados.

Quando analiso os atos, percebo em alguns deles que a aceitação não foi utilizada, estava imanente, como atitude necessária a paz interior, me lembrando que tudo é presente de Deus.

Para sábios dos dias atuais, estudiosos da mente do hoje, com base nos escritos do mundo antigo, afirmam que tudo é presente, funciona como amortecedor ao interior, diminuindo ou impedindo o massacre em relação aos resultados das ações que praticamos, aniquila as expectativas quando as coisas não acontece como queríamos.

Se o resultado é bom? Presente de Deus. Se é ruim? presente de Deus; posso utilizá-lo como referência para na próxima oportunidade ter mais atenção, estar com a percepção desperta no caminho do ser bom, realizar o bem.

Fica nítido que levo o jogo da vida como fosse real, esqueço constantemente que o jogo e os instrumentos de interação foram emprestados pela Fonte Imorredoura para Eu fazer e acontecer, me valendo do direito supremo do livre arbítrio.

Apesar da ações realizadas poder interferir para o bom ou ruim nos resultados, não depende somente de mim.

Não são meus: a família, os amigos, os amores e prioridades, as antipatias, os fracassos e os ganhos, a vida e todo emaranhado de matéria que interage comigo, tudo é emprestado, transitório, intangível...

A intensidade do amor que sinto pelo próximo, às coisas que possuo, me leva cada vez mais procurar enxergar na atuação da mente, quando estou na inatividade, o que leva eu esquecer que administro coisa alheia como fosse própria, mesmo em relação ao meu corpo, ao espírito que porto, Sou mera gestora. A autoria vem do ego calcificado.

Na ignorância da realidade intrinseca das coisas, quando ajo, sofro da disfunção conhecida na psicologia como dissonância cognitiva, ouço sempre, não pratico nunca. É aí que me lasco.

Diante destas e outras, como alguns afirmam, será que estamos dentro de uma encubadora criada pela Fonte suprema a fim de tomarmo-nos pelas mãos e buscar cada um a auto iluminação? despertando deste hospício que passou ser o Planeta terra?

Quem tem olhos veja, quem tem ouvidos ouça. ..

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 03/10/2017
Código do texto: T6132108
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