O Menino e o biscoito.

Perto da cidade de Szeged, na mesma região da Hungria, um garotinho foi clicado oferecendo aos guardas um biscoito.

Entre muros e fronteiras,armas e trincheiras;

Existem alheios à dor alheia;

Que seguram nas mãos,a morte e destruição.

Enquanto uns vagam pelos oceanos,

em busca de um mundo humano,

Caem nas margens de uma praia,entregando seu último suspiro.

Deveria estar jogando bola ou colhendo flores do meu belo jardim,

mais tive que sair correndo e nadando para ir de encontro ao além.

Colocam se arames para dividir territórios;

colocam se barreriras para impedir sonhos.

Surge novamente uma guerra entre grupos,

que não almejam nada em comum.

Jogam-se comidas pela distância imposta;

eis que uma mãe grita:_Mais uma criança morta!

Pode haver sim uma explicação,porque este mundo está corrompido;

mais te digo seu guarda de fronteira,

não será me matando que tudo será resolvido.

Se em outra vida tive que nesta pelo meu erro pagar,

te garanto oh!humanidade,não estais em nada acertar.

Cadê o meu carrinho que o meu pai me deu;

o meu pai já sei,não está mais aqui;

ele morreu.

Não ouço o cantar dos pássaros,ouço somente o barulho de estopins;

que gritam:_Quero aquela alma para mim!

São corpos estirados pelo chão,sangue derramado no meu belo jardim;

deixei bem enterrado ali o meu coração.

Vou procurar aqui no meu bolso,deve estar escondido em algum lugar;

estou te vendo seu moço,estais a trabalhar,

veio para me defender ou me aniquilar?

Mas mesmo assim espere que vou entregar,

achei meu pedaço de biscoito para te alimentar.

Pode comer seu moço,não posso te oferecer uma arma;

só posso te dar aquilo que minha alminha guarda.

Meu pedaço de biscoito é para te alimentar.

Meu gesto é para o amor em sua alma despertar...

Autora:Fátima Aparecida Belarmindo do Vale.13/09/2015

Fátima do Vale
Enviado por Fátima do Vale em 01/10/2017
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