ABSTRAÇÃO POÉTICA
Poetar ao mundo!
As estrelas,
ao sol, a vida,
quem me dera pudesse.
Gritar alto, muito alto!
Esvair a voz
em frêmito marouço que não acaba,
que perpassem o além da inexistência.
Inscrever no coração inquieto
a explosão dos sentimentos,
que abarca a orla infinda da alma,
a procurar em sonhos, já não mais utopias,
mas em quimérica psicose,
um alento de esperança.
Vagavas só, perdido em ti,
na inerência que te sufocava,
oculta, abstrata na íncola da alma,
que fora embora, deixando para trás
em vestígios indeléveis a pista da saudade.
Não vou poetar vossa sorte,
Não sei, só sei poetar com orgulho
aos olhos coloridos do amor
que parecem vir de longe,
do profundo, do abstrato, do nada.
Há um princípio de romper a humildade
para poetar agora aos míseros,
aos infelizes, descamisados,
extrair do intrínseco a dor do sofrimento.
Poetar ao mundo!
As estrelas,
ao sol, a vida,
quem me dera pudesse.
Gritar alto, muito alto!
Esvair a voz
em frêmito marouço que não acaba,
que perpassem o além da inexistência.
Inscrever no coração inquieto
a explosão dos sentimentos,
que abarca a orla infinda da alma,
a procurar em sonhos, já não mais utopias,
mas em quimérica psicose,
um alento de esperança.
Vagavas só, perdido em ti,
na inerência que te sufocava,
oculta, abstrata na íncola da alma,
que fora embora, deixando para trás
em vestígios indeléveis a pista da saudade.
Não vou poetar vossa sorte,
Não sei, só sei poetar com orgulho
aos olhos coloridos do amor
que parecem vir de longe,
do profundo, do abstrato, do nada.
Há um princípio de romper a humildade
para poetar agora aos míseros,
aos infelizes, descamisados,
extrair do intrínseco a dor do sofrimento.