Intimidade XXI
Intimidade XXI
Vinte e quatro, o que dizer do amanhã que no hoje quer me antecipar?! No jardim das falas antigas, que foram expressas em tudo quinté canto do mundo, sobrevive regra básica dita pelos mestres da história, que inspiraram as grandes religiões do mundo; Confucionismo, Cristianismo, Budismo, Hinduísmo, Taoísmo, Judaísmo, Zoroastrismo, Jainismo, Sikhismo, Islamismo.
Apesar de desconhecer as ramificações detalhadas das religiões respectivas, analisando as máximas que fundamentam a boa conduta dos seus seguidores, detecta-se um tronco comum que permite o assemelhar delas, a prática da ética, “facinha”, mágica hábil para a paz no grupo prevalecer, que no linguajar comum, resumo: ser bom, praticar o bem.
Isto quer dizer taxativamente que é desaconselhável, redondamente, fazer ao outro o que pode ser prejudicial a nós. Simples, não é?
“Tudo quanto queres que os outros façam para ti, faze-o também para eles”.
Percebe-se que lá de cima, querem que todo mundo fique bonzinho um com o outro, sempre; hum mil, dois, três, cinco mil anos atrás, ou mais, foi a mesma dica.
Percebe-se na tormenta coletiva do conviver que ainda não aprendemos a lição de casa, com a desculpa de que a culpa é do outro pela falta de paz, ser bom virou peça de museu, coisa somente para Santo, asceta que não convive com o mundo pelo corpo. A sociedade de milênios atrás, mesmo com a extinção em massa de parte dela pela natureza, que não brinca, cumpre o relógio transformador, não arredou o pé da guerra, da contenda, da corrupção, do distanciamento do amor.
O que trago em palavras aqui também me alimento...é melhor que aquietemos cada vez mais nosso instinto antigo para guerra, contenda, violência, corrupção de todas as estirpes...tolerância é a bola da vez, compreender isto, apesar de tarde, antes que nunca.
Como telespectadora em expectativa do viver o dia de amanhã, dia vinte quatro, em muito me inspira, sobretudo por saber que o dia vinte e quatro, no segundo tempo de minha vida, mesmo que vivido em processo de sofrimento, trouxe maravilhas incalculáveis para compreensão de verdades pela alma, dentre elas, primeiro dia que readquiri a fala, e principalmente, o dia do nascimento de minha filha.
Sabemos que este mesmo dia, domingo de amanhã, é período que a ciência astrofísica de nosso tempo anuncia a probabilidade de eventos na galáxia, parte da fechada de um ciclo, que dera início há algumas décadas atrás, que para alguns, diz ocorrer a cada ciclo de tempo.
Nossos olhos na tela da TV, nossa pele em contato com o sol, denuncia o bambear dos fundamentos do planeta; terremotos, secas intensas, em outras latitudes, furações, escassez de água, tornando a terra improdutiva.
Se fosse o amanhã o fechar do ciclo, na poesia recito em forma de prece a frase adiante, o mantra libertário que soou em várias línguas por almas evoluídas que aqui vieram, seja na calmaria dos ambientes que estavam, nos ashrans aos discípulos, nos vilarejos para os habitantes dos povoados, nas reuniões com reis, em assembleias: “Amar ao próximo como a ti mesmo, e a Deus sobre todas as coisas”, “Não faças aos outros o que, se a ti fosse feito, causar-te-ia dor”, “ a natureza só é amiga quando não fazemos aos outros nada que não seja bom para nós mesmos”, dentre outros.
Que façamos o nosso mundo, não esperemos acontecer...ser bom....fazer o bem. Amar. Que a maravilha proposta para a vida aqui na Terra seja eterna enquanto dure. Mesmo que demore o despertar.