Olho, por um prisma estranho, quando o universo dá certo - Parte 1

Não era um dia cotidiano na vida dos deuses. Não acontecia nada diferente havia muito tempo, na verdade, e os aposentos continham mais armas do que o produzido por toda a humanidade, desde os cavernosos até às guerras mundiais. Era uma notícia inusitada, que significava alguma possibilidade de mudança naquela prisão, tão inexorável quanto o tempo. O hábito, porém, não permitiu que o Grande se interrompesse em seu trabalho, perpetuando-se como uma força maior. "o mago retornou". O breve olhar revelou tudo: era de uma compenetração vazia, daquele que tem objetivos incumpridos, tão importantes para a alma que não se permitiam deixar a mente por um segundo. Tantos foram os tinidos produzidos que estava quase surdo, a natureza do som era praticamente hipnótica. Mas o olhar do outro era de um encarar persistente, quase acusativo, talvez fossem apenas segundos ou horas a fio, se o tempo passasse normalmente por lá, certamente seriam todos loucos, se já não o fossem. Finalmente determinou-se alguma mudança. Outra palavra não foi trocada e o gesto foi quase simples. Dentre a pilha infinita de armas, mais poderosas que qualquer uma já produzida pela humanidade, pegou-se duas ao descaso e jogou-se. Dizia o hábito: espero que o descanso seja para um retorno criativo. O outro foi ao fosso e as permitiu serem levadas pelo vento. Não é porque querem que não são muito úteis à humanidade.