Prosa para morte
A morte nada mais é que o descanso da vida
o desfalecimento de um corpo vazio
o som de uma flauta beirando o além
a linha tênue entre a vida e o sono
o último beijo que o poeta dá em seus versos.
A morte nada mais é que o descanso da vida
é devolver a terra o corpo nu
amadurecer como um fruto esquecido
tocar harpa com anjos imagináveis
deitar nas nuvens da eternidade.
A morte nada mais é que um verso nunca lido.