UM BREVE OLHAR
(Pr/Poét/45)
Da janela, o meu momentâneo cartão postal.
O cargueiro, vermelho e bege, chega lento e some da paisagem, na quina do meu prédio, ao porto. Outra pequena embarcação segue o mesmo percurso e também se vai. Permanecem junto ao relevo, ao lado de uma construção indefinida, duas lâmpadas acesas, cor de neon e quase invisíveis; tudo isso paralelo ao quotidiano e ao mundo do seu entorno. Porém, permanentemente e próximas, bailam em pura delicadeza e felicidade, as andorinhas aguardando o verão, embora o tempo esteja brusco e sem graça. Duplamente e delicadas as vejo espelhadas pelo vidro da janela, próximo ao ninho, dentro de um tubo largo de PVC e me sinto feliz.
(Pr/Poét/45)
Da janela, o meu momentâneo cartão postal.
O cargueiro, vermelho e bege, chega lento e some da paisagem, na quina do meu prédio, ao porto. Outra pequena embarcação segue o mesmo percurso e também se vai. Permanecem junto ao relevo, ao lado de uma construção indefinida, duas lâmpadas acesas, cor de neon e quase invisíveis; tudo isso paralelo ao quotidiano e ao mundo do seu entorno. Porém, permanentemente e próximas, bailam em pura delicadeza e felicidade, as andorinhas aguardando o verão, embora o tempo esteja brusco e sem graça. Duplamente e delicadas as vejo espelhadas pelo vidro da janela, próximo ao ninho, dentro de um tubo largo de PVC e me sinto feliz.