Infinito
As páginas se entregam ao tempo,
mas não se despem para amá-lo.
Os olhos se entregam aos olhos, os corpos aos corpos,
os satélites às parabólicas.
Vem o ingênuo dizer a verdade e o menino se entrega ao destino;
e a menina, se entrega ao menino.
A punição vem de mãos dadas com o crime;
ele ainda não tem dono;
espera alguém que se entregue a ele;
e vêm as horas, no mundo de agora e sempre,
vem entregando benefícios;
vem trazendo o ontem ao hoje,
para que o leve ao amanhã, depois de tudo...
E se entregam a tudo, a todos, mas não se despem para amar...