Caminhos
Caminho sobre um chão
De pétalas de vidro,
Que já foram flores,
Secas, espinhosas, sem perfume,
Porém flores.
Agora, tapete áspero, instável,
Estalando sob meus pés,
Que faz meus caminhos difíceis,
Dolorosos.
Por onde piso ouço gemidos,
Desejando reverter a sina
Que serpenteia por entre pontes,
Escadas e veredas de cimento,
À procura de um destino acetinado,
A caminhar brando por aleias
De espuma multicor,
Na cidade estranha
Do meu querer, da minha dor.
A cada passo pisado, contido,
Busco asas de Hermes,
Presa num corpo de barro
Cozido
Caminho sobre um chão
De pétalas de vidro,
Que já foram flores,
Secas, espinhosas, sem perfume,
Porém flores.
Agora, tapete áspero, instável,
Estalando sob meus pés,
Que faz meus caminhos difíceis,
Dolorosos.
Por onde piso ouço gemidos,
Desejando reverter a sina
Que serpenteia por entre pontes,
Escadas e veredas de cimento,
À procura de um destino acetinado,
A caminhar brando por aleias
De espuma multicor,
Na cidade estranha
Do meu querer, da minha dor.
A cada passo pisado, contido,
Busco asas de Hermes,
Presa num corpo de barro
Cozido