Chove na rua que não é minha.
Chove na rua que não é minha.
Chuva transborda na rua que não é minha. Nada neste mundo é meu. Meu sorriso também não é meu. É de quem me faz sorrir sempre que houver uma lágrima ameaçando cair no chão molhado da chuva que cai lá fora, sempre lá fora... Aqui dentro também chove. Chove: amor, esperança, saúde e vida. E a tristeza? A tristeza secou. Não houve quem fosse forte o suficiente para regar a tristeza, pois na minha vida a chuva só rega o amor e traz bençãos. A verdade é que a tristeza secou. E o Sol já se faz presente novamente, com seus raios quentes e iluminados cheios de vida em meio ao frio. E o frio? O frio também está longe de ser um empecilho para que eu não acorde cedo. Amanheço com os pássaros. Amanheço com o céu e em breve com o mar. Agora... Chove seco. Chove nada em minha rua que não é minha não é de ninguém. Autora: Andréa Ermelin
Salvador-BA/Brasil 27 de Agosto de 2017. Domingo. Às 6:38h.