Intimidade XIII
Não sei se atuei no natural em momentos delicados, se cheguei um dia nele, se tem o conceito do estado de ser natural, ou se existe o conceito.
Sedenta? bebo água. Se não tem água, não bebo; espero tê-la para saciar a sede, sabendo que a Fonte Imorredoura, Deus, O que tudo é, trará "água " para mim. No auge da ira, muitas vezes vislumbro a possibilidade da pacificação do problema, fugindo dele, ou ainda, como camaleoa, sinto a alma camuflar para se proteger das dores, repelindo indiretamente aquelas que a ocasião a expõe, principalmente quando o ego ganha espaço, trazendo pelas ações e palavras, o fedo antigo das emoções negativas, que ainda visitam...todinhas...numa presença defumada, torno "possuída" por elas, "até o osso"; como cheiro de ranço de bar antigo...ainda fazem festa...
Se fracasso, vejo desmontado como lego de criança o que construí de ego.
Em resposta a uma reação emocional qualquer, que não trouxe o fluxo-refluxo do amor, insisto em manter o encaixe do quebra cabeça que a vida apresenta, sempre tocando para frente, mantendo a rota, "pianinho"! de farol baixo para comigo.
As coisas sempre saem justamente como deveriam, mesmo com as rebarbas as sobras demonstrando que algumas coisas não ficaram como eu queria.
A repetição do sentir os efeitos dos sentimentos que levam à ira, à rejeição , à magoa, ao desânimo, aqueles conhecidos antigos; tem sido traduzidos e entendidos na probabilidade de ter ocorrido os lapsos do baixar a guarda da percepção consciente.
O agir desatenta, sem estar segurando as rédeas da mente, as emoções interrompem o contato com a intuição, que traria a compreensão dos motivos, da relação de causa e efeito das emoções negativas, que daí fazem festa, atuam à minha revelia, nestes instantes estou esquecida das máximas : paciência , desapego, ação sem ânsia de resultado, e a natureza transitória de todas as coisas; ficando de fora o perfume atrativo que possuo no âmago, sentimento incondicional amoroso, perdendo por alguns períodos os benefícios da diminuição do impacto e da duração das emoções negativas em casa.
O resultado dos fatos na vida que apresenta como minha, tem meu "aval", mesmo que provisório, encontro o lugar deles na justiça, na equidade, no amor que rege o mundo.
A visão panorâmica é enxergada graças à mente, que passou viver entregue a intuição, e nela me acoplo, se o "sinal não sobrevive sem o satélite", eu nao mais me vejo sem ela, me submeto.
Voltando a perguntar. Depois de tudo vivido; as experiências, os sentimentos e emoções "endemoniados" pelo ego, diria que, se impusesse método a tanto rebuliço, "Eu fluiria"?
Certamente não sobreviveria a mim mesma, o feedback do instantâneo das ações e reações no palco da arena aqui dentro, denunciam que a mente improvisa, e sobressai melhor.