Poemas Entardecidos
Fechou o tempo, não queria chuva
E a chuva caiu...
Com ela veio o frio, caiu como luva
Da mão não saiu...
A caneta imaginária, desenhou
Mesmo que não leia...
Saiu finalmente do chão e voou
E ainda que não creia...
Asas bordaram poemas entardecidos
Molhados pela chuva fria...
Que caia na rua, no quarto, e a Lua
De certa forma agradecia...
Pela poesia que a mão esculpia, ria
Riso feito com harmonia...
Como notas de uma canção tão tua
Tocada quase despercebida...
Mas que dois corações conheciam a batida
Ritmo calmo, bater perfeito...
Em cada gota da chuva trazendo: vida
E levando amor pra dentro do peito.