adentro

As engrenagens do ensimesmamento giram a todo vapor. Determinam um dever-ser ao mundo que espelha a própria imagem. E quanta engenhosidade há para o espúrio, que não lhe duvido menos que sua perpetuidade criada em moto-contínuo.

Foge à minha compreensão, entretanto, como desejas quebrar a pluralidade das almas tortas, que vagam à toa, que não esperam os mesmos tesouros que tu. Ou pior, que nem enxergam tesouros onde tu enxergas. A mim, parece ser necessário te libertares de ti mesmo.

Mas tão reles me vejo, em verdade. Quando me vejo a te penetrar, não é a te penetrar. Vejo-me igual a ti, por outras vias. Pobres de nós, reles, mas ensimesmados.

I Rolim
Enviado por I Rolim em 24/08/2017
Reeditado em 24/08/2017
Código do texto: T6094193
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