IntimidadeXI
Não sei o que aconteceu com os meus "lados " Apolíneo e Dionísio aqui dentro. Depois de tanto atuarem , expondo suas faces ferrenhas, deixando hábitos das naturezas da lógica e do prazer, me vali do trono do caminho do meio( quem sabe, aquele dito pela sabedoria oriental?), entre o lá e cá vivo um pouco dos dois.
Ah!!!! Se não fosse agraciada do entrelaçamento dos sentimentos e emoções provindos do prazer e da lógica!!!! não encontraria espaço para o respiro, atuaria na vida levando o saco cheio das velhas quinquilharias, e as novas que produzo nos dias.
Deixo vir tudo, filtro as ideias com o mínimo de intervenção, a intuição tem livre acesso para fazer o serviço (não sei se me faço entendida).
Se participasse ativamente do processo de deglutição dos pensamentos, nos moldes da velha mulher que ainda habita aqui, não conseguiria saborear instantes preciosos do elixir das conclusões, que leva sentir, vez ou outra , o natural, desapegadamente.
O entendimento! aquela sala do Juiz "iníquo "! cheira mofo, mas é fato que temos ela dentro. Ah! se não perdesse o pudor nela! para pensar, digerir, discernir o contexto que é o palco sem lei onde atuam os pensamentos.
Perdi o medo de concluir, mesmo que o resultado final"da equação " que apresenta para solução, dê "gol contra", enfrento a parada.
Se não fizesse tamanha "sem-vergonhice", deixaria a poesia que me tomou pelos braços sem uso aqui dentro.
Cessariam as histórias de amor para os livros, a tinta para as palavras, os céus e terras longínquas para os olhos lerem.
O diálogo e as visualizações, o contato com faíscas da natureza da alma, expresso em versos, desapareceriam. Voltaria para o exílio.