TÃO APENAS SAUDADE...
Sempre que penso, ou melhor, sinto a Saudade,
Lembro-me de Rubem Alves e seus ídolos literários,
Um deles que sempre citava era o poeta William Blake:
“Ver um mundo num Grão de Areia E um Céu numa Flor Silvestre,
Ter o Infinito na palma de sua mão
E a Eternidade numa hora.”
Acho que isto encerra toda uma imensa Saudade.
Que saudade do tempo em que não via problemas com o mundo, passavam-se anos infantis sem imaginar que nossa “casa” vagava pelo espaço ...
Saudade das datas festivas em que recebíamos presentes - a nós parecia, que elas tinham suas casinhas e que saiam nos dias certos só para nos alegrar...
Saudade do apito do trem “Maria Fumaça”, do canto dos galos ao longe...
Dos sinos distantes das capelinhas às tardes quentes e modorrentas, o apito do guarda noturno...
O “chorar” das rodas dos carros-de-boi... Tantos pequenos detalhes que se avolumam na alma...
Saudade das movimentações em turma, e que eram apenas um agrupamento de amigos inseparáveis, e quase que literalmente a dor de um, era sentida por todos...
Saudades de poder andar livres, sem medo, sem agressões... Sem ler, ouvir e compreender as palavras que hoje, só ao pronunciá-las as pessoas ficam deprimidas, porque já as sofreram...
Saudades de sentir a felicidade de vermo-nos rindo de tudo, das coisas mais simplórias, e juntos caminhávamos sem pensar que existisse tempo ou o que era o tempo, e um futuro de complexidades...
Saudade de coisas, cores e cheiros... Rostos das adolescentes, que coravam - só por demorarmos um pouco mais a olhar seus olhos e dizermos que eram bonitas.
Saudade dos rastros de luz que pessoas deixaram sobre nós ao passarem por nossas vidas...
Saudade da “Saudade”, não do Saudosismo que é o profissionalismo da saudade....
A Saudade tem um perfume e um sotaque próprio, que o tempo recolhe e traduz... Tem amor; da voz o tom, a cor do batom, dos lábios o sabor, de nossa primeira e longínqua namorada. Saudade...
Por onde ela e tudo o mais andará...? Saudades.
Sempre que penso, ou melhor, sinto a Saudade,
Lembro-me de Rubem Alves e seus ídolos literários,
Um deles que sempre citava era o poeta William Blake:
“Ver um mundo num Grão de Areia E um Céu numa Flor Silvestre,
Ter o Infinito na palma de sua mão
E a Eternidade numa hora.”
Acho que isto encerra toda uma imensa Saudade.
Que saudade do tempo em que não via problemas com o mundo, passavam-se anos infantis sem imaginar que nossa “casa” vagava pelo espaço ...
Saudade das datas festivas em que recebíamos presentes - a nós parecia, que elas tinham suas casinhas e que saiam nos dias certos só para nos alegrar...
Saudade do apito do trem “Maria Fumaça”, do canto dos galos ao longe...
Dos sinos distantes das capelinhas às tardes quentes e modorrentas, o apito do guarda noturno...
O “chorar” das rodas dos carros-de-boi... Tantos pequenos detalhes que se avolumam na alma...
Saudade das movimentações em turma, e que eram apenas um agrupamento de amigos inseparáveis, e quase que literalmente a dor de um, era sentida por todos...
Saudades de poder andar livres, sem medo, sem agressões... Sem ler, ouvir e compreender as palavras que hoje, só ao pronunciá-las as pessoas ficam deprimidas, porque já as sofreram...
Saudades de sentir a felicidade de vermo-nos rindo de tudo, das coisas mais simplórias, e juntos caminhávamos sem pensar que existisse tempo ou o que era o tempo, e um futuro de complexidades...
Saudade de coisas, cores e cheiros... Rostos das adolescentes, que coravam - só por demorarmos um pouco mais a olhar seus olhos e dizermos que eram bonitas.
Saudade dos rastros de luz que pessoas deixaram sobre nós ao passarem por nossas vidas...
Saudade da “Saudade”, não do Saudosismo que é o profissionalismo da saudade....
A Saudade tem um perfume e um sotaque próprio, que o tempo recolhe e traduz... Tem amor; da voz o tom, a cor do batom, dos lábios o sabor, de nossa primeira e longínqua namorada. Saudade...
Por onde ela e tudo o mais andará...? Saudades.