Onde



Era gostoso demais olhar para lá, e sonhar
sem perceber a realidade distante, quando
Os meus sonhos chegavam antes de mim.

 
Frágeis somos na imensidão do mundo.
Havia um lugar em minha imaginação.

 
A rosa também secou.
Será que nada restou?

 
Não. A semente morreu,
uma porção de nuvens restou!

Incompreensão,
Não sabe que a alma às vezes se recolhe
sem que se perceba.

 
O que faço com as lágrimas?
Rego a minha tolice,
Te esqueço por instantes.
Não é mais... Se perdeu.

Mas,
Onde quer que esteja
Sei que nunca irás...

Te amarei para sempre.

 
Era para ser como o prado, sem flores,
sem folhas secas, a poesia existiria como sementes
largadas pelas aves.

As cortinas se fecharam, cobriram os meus olhos.
Não era cortina de nuvens,
Não conseguia mais olhar o horizonte.


 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 05/08/2017
Reeditado em 21/07/2021
Código do texto: T6075132
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