Intimidade

Intimidade

Fazer de si flor e oceano, burro de carga ou corrimão de escada; deixar disponível antes de dormir a Deus as tintas e a tela que usará no amanhã para pintar seu dia. É preciso coragem.

Entregar os apetrechos a “Ele”, que na sua Suprema Onipotência, Onisciência e Onipresença, nos fez, nos mantém, e decidirá quando iremos.

Aprendi gostar do azul com laranja, verde e açafrão, preto nos sombreados. Cedi o direito à privacidade a Ele, que me respira, me inspira, me leva para onde decide ir as minhas risadas, o meu suspiro de gratidão...pela vida, pelo escrito da minha vida.

Abraço os resultados, junto todos com um só abraço, levo para o meio aqueles insolúveis, acarinhando-os na certeza de que serão sovados... até tomarem a direção da solução, do amor, da paz, da saúde.

Assumi a vaga na sala da vida onde se aprende realizar a entrega à vida, ao Todo, à Deus, viver sem objeções. Eis a questão... não é para qualquer um...demanda coragem.

Acredito, como fosse graus e níveis de aprendizado, que chegará o dia que não importarei mais com a garantia da intimidade, a fragmentação entre “Eu e Ele”, muito menos com etiquetas para ser aceita por Ele.

Quero conhecer esta intimidade.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 01/08/2017
Código do texto: T6071624
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