Amor Platônico Amor
Pelos caminhos da vida, errante porfiei
Por brejos encantados, dias e noites vaguei
Gata borralheira a colecionar beijos de sapos
Enquanto meu príncipe era por outra, encantado.
Passaram os anos da infância
As delicias da puberdade
Amores balzaquianos
Só a inquietude do amor não amado não passa
E de repente, não mais que de repente
Surpreendo-me a parafrasear o grande poeta
Eu sei que vou te amar...
Por toda a minha vida eu vou te amar!
Sem jamais tocar seu corpo
Desfrutar o sabor dos beijos teus
Terei que aprender a seguir desiludida
Sonhando esse amor que é só meu
Brincando com a imaginação
Me tocando para sentir o calor das suas mãos
Imaginando teu sorriso
Ouvindo os teus aísss...
Perdida em um mundo que eu mesma criei!