LAGO DA SOLIDÃO - POEMA PARA ASOIRETSIM
Procurei a solidão e encontrei você!
E com você a incerteza do que é solidão!
No lago da solidão ela acabou pra mim;
acabou também pra você, Asoiretsim?
O que o lago e eu podemos fazer por você?
Ele não pode dizer que te ama; eu posso!
O lago é você, e você sou eu!
Amalgamados pelo mistério da solidão,
na tristeza que sua alma leva!
Por quê?... Por quê?
O velho banco de madeira não diz nada;
só acompanha, em silêncio, o nosso drama,
o nosso amor, nossos desejos, nossas fantasias...
Acolhe, abraça, afaga nossos corpos,
sem gemido, sem queixume!
“Vamos dançar, meu amor”
Asoiretsim me convida;
e o vento, em milhares de folhas
e nas ondas do lago
embala nossos corpos e nossas almas
na mais sublime música.
Aqui, nossa casa e nosso mundo!
Não podemos ficar e nem queremos ir.
Com você em meus braços o tempo para;
e sei que é preciso!
Quando olho pra você,
sei que é preciso!
Absorvo, subtraio através de seus olhos,
um pouco de sua dor;
só um pouco!...
Amo-a, Asoiretsim, para sempre;
mas aprendi com você que o tempo não conta;
e mesmo quando o lago não mais existir,
você e eu, eu e você estaremos aqui, Asoiretsim.
Para sempre!... Para sempre!
Seu
Amigo do Lago.