Seus tantos sabores
Por tantas vezes suguei seus tantos sabores
Sem nem mesmo atentar para as aparências,
Importando-me tão somente com seus olores,
Lançando-me ávido em busca de suas essências.
Por quantas vezes a desfrutei mesmo ácida,
Sentindo minha boca queimada por seu sumo,
quedado a seus pés em tantas tardes plácidas,
quando perdia meu próprio tino, meu rumo...
Vezes outras, provei de sua extrema doçura,
Ao me permitir colhê-la enrubescida e seleta,
Quase que como uma lima, suprema loucura,
Sem estabelecer qualquer delas como meta.
No infinito de suas formas que miro por instantes,
Bahia, pêra, charmute, valência, zamboas, natal,
Adoro chupá-las tímidas e pequenas ou as gigantes,
Sugar cada uma delas, perdido em meio ao laranjal.
E nesses efêmeros instantes de profundo delírio,
Em que extasio e já nem mesmo sei o que faço,
Amante incontido cravo os dentes e, feliz, sorrio,
Ao ver que tanto a chupei, que só restou o bagaço...
Por tantas vezes suguei seus tantos sabores
Sem nem mesmo atentar para as aparências,
Importando-me tão somente com seus olores,
Lançando-me ávido em busca de suas essências.
Por quantas vezes a desfrutei mesmo ácida,
Sentindo minha boca queimada por seu sumo,
quedado a seus pés em tantas tardes plácidas,
quando perdia meu próprio tino, meu rumo...
Vezes outras, provei de sua extrema doçura,
Ao me permitir colhê-la enrubescida e seleta,
Quase que como uma lima, suprema loucura,
Sem estabelecer qualquer delas como meta.
No infinito de suas formas que miro por instantes,
Bahia, pêra, charmute, valência, zamboas, natal,
Adoro chupá-las tímidas e pequenas ou as gigantes,
Sugar cada uma delas, perdido em meio ao laranjal.
E nesses efêmeros instantes de profundo delírio,
Em que extasio e já nem mesmo sei o que faço,
Amante incontido cravo os dentes e, feliz, sorrio,
Ao ver que tanto a chupei, que só restou o bagaço...