SEXTA-FEIRA POETISA
SEXTA-FEIRA POETISA
Hoje ela acordou sentindo em todo seu sangue a sexta-feira fria, sabia de cor todo desalinho que envolvia viver este dia...
Mesmo assim se levantou e fingiu que não se lembrava da data, foi até o espelho e sorriu levando aos lábios o batom mais bonito que tinha.
Vestiu-se como para um encontro, vos digo que estava linda e parecia que no fundo ainda carregava a esperança que ele lhe convidaria para dançar com ela.
Criança boba com essa mania infantil e romântica que tudo ficará bem e que ouvirás tudo que ficou a noite toda criando...
Mas o mundo como não deixa os poetas intactos, faz questão de com luva de pelica esbofetear sem dó a menina... Assistindo a cena confesso que chorei com ela suas lágrimas e a incentivei a revoltar-se, gritar, xingar e dizer que não era justo.
Mas ela preferiu abençoar aquele que fez as lágrimas correrem pela sua face e lhe dizer:
- Amor meu, felicidades...