"Vaidade velada"
A minha vaidade esconde minha insensatez, nela recobro-me de devaneios e pensamentos ilícitos. Desregrados pelo homem proibido. Consumido em meus pensamentos e eternizado com meu toque, realizado desejo.
Sussurro em seu ouvido meus desejos mais devassos, induzo sua corrupção adormecida e o transformo em pecador.
Vou corrompendo seus lábios com meu despudorado ópio, vou abrindo caminho para a minha devastação: beijo-te, mordo-te e excito-te. Desço em teu corpo cobrindo-o com minha saliva venenosa. Adormeço-te em carícias maliciosas e prazerosas.
Pensas que reina soberano, mas conduzo-te ao mausoléu e mostro-te o paraíso, no mais recôndito segredo.
Estarás rendido, sob a pena de matar-me momentâneo desejo, e provocar minha total ira.